quarta-feira, 28 de julho de 2010

Prazer Sem Rima


Quantas milhas distantes por nuvens dançantes irei percorrer
Pelos beijos de barbas cortantes, que riscos na pele farão ao beijar?
Que gritos, sussurros, gemidos, murmúrios o corpo dirá
Quando a língua molhada, na pele rosada, subir e descer?
Não há sol a sós, só desejos que a lua acorda em par.
E ao par se dá, se joga, se droga e revoga o que o tempo privou
Sem prever que um sonho, se junto sonhado,
Produz o pecado e transforma em verdade.
Os caminhos curvados, mão nuas, as tuas,
Sem grades e idades com força, cerradas, vão ir e voltar
Em braços e abraços, e pernas e enlaços, e pele suada,
Em meu corpo, teu corpo, um copo, um só corpo
Aportado em mim estará.
No balanço ofegante e sincrônico, oposto e atômico
Perde o controle e detona um gosto, de prazer e vida
Em contorções sentidas que em poucos instantes são adormecidas!

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