segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O Silêncio da Ostra



Eu espero o teu perdão
O sim do não. Coração.
Tento lembrar teu abraço
Um cigarro. O maço.
Acompanho pela mídia
Teus passos. Espaços.
O destino não tem alma
Existe? Persiste a procura.
A cura? Respostas sem sentido.
Aperta o peito. Saudade.
Congelo o tempo. Respeito.
Lágrimas no rosto. Elas falam.
São as lágrimas que dizem
O que não diz no dicionário.
Se é triste, também é belo,
Mais ainda o que silencia.
De longe, dos trilhos do trem,
Do passado que faz falta
Gelo e silêncio. Maré alta.
Vento e contemplação.
Mesmo o que é só lembrança
É fato no peito que o sente.
Desmente. Consente o abstrato
Da vida que virou passado
E insiste em ser memória.
Um passo de dança. Vida e coração.


Roberta Santos

22.01.12

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